domingo, 31 de julho de 2011

Até a volta

Quer realmente saber? Cansei! Cansei dessa saudade sem fim, desse querer, dessa necessidade! Isso me sufoca! Sempre fui livre e assim pretendo continuar a ser. Quando é que vai chegar a hora do “ponto final”? Não aguento mais isso de história sem fim! Já chega! Pra que tantas vírgulas e reticências, esses malditos três pontinhos, preciso ter coragem suficiente para o término dessa agonia.

É um tanto contraditório, eu sei, mas necessito desse tal de “ponto final” para ao menos respirar melhor, para seguir em frente. Preciso me libertar das amarras que me acorrentam a ti. Quero asas! O mundo é tão grande, há tanto por conhecer, preciso voar.

Vou apelar... cartas, búzios, reza... algo que me oriente e me diga pra seguir determinada. Vou jogar tarô, quem sabe nele não aparece à carta que me diga o que quero ouvir e assim me dê coragem. Mas... e se ela não vier? Ah não, ela vem sim. Então surja, carta da morte, aquela cujo significado mostra tudo que seria maravilhoso acontecer agora em minha vida nesse exato momento. Morrer, morrer para algo e assim renascer das cinzas, como aquele pássaro mitológico lá, o tal da fênix.

Deixa-me partir, aceita, esse é o fim! Não me tentes, não me provoques! Por tantas vezes caí em teus truques que já os sei de có, não me surpreendes mais. Acabou! Guarda contigo o que foi bom, os muitos momentos inesquecíveis acontecidos, os guarda bem lá no fundo, bem escondidos, pois agora é hora de seguir... você por onde quiser e eu por onde a vida me levar.

Adeus! E ponto final.

Mas antes... espera! Uma última lembrança, uma última troca de olhares, um último entrelaçar das mãos, um último abraço, o beijo final, como aqueles momentos de final de livro de romance. Tchau, antes que eu não tenha mais forças para a despedida, preciso ir. Que venham os novos caminhos, pois esse ACHO que teve seu desfecho.