segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O que me atrai?


Estava eu a responder as muitas perguntas que deixam em meu formspring e então uma delas despertou-me a atenção. Passei horas com ela na cabeça e pensando em uma resposta na qual estivesse expresso exatamente o que a pergunta me pedia. Perguntaram-me o que me atraia em alguém e eu não consegui responder. Minha extrema dificuldade deve se dar pelo fato de que não são coisas superficiais, materiais, ou passíveis de tradução que realmente me atraem.
Ao perder-me em um olhar procuro sua profundidade, intensidade, o que ele quer me dizer naquele momento, como também o que procura esconder, o mistério é o que me envolve e não apenas saber qual cor os olhos tem. Tento ver o quanto esse olhar se mantém interligado ao sorriso e principalmente o quanto isso é verdadeiro!
E o sorriso eim... ah, esse tem que encantar, ser sincero, trazer consigo uma imensurável felicidade, falar por si, sem ser preciso qualquer legenda. Não posso jamais esquecer-me do perfume. Não falo daqueles que se compra em lojas, pela internet ou por meio de revistas, mas sim aquela essência única que só se sente quando aquela pessoa está perto, aquele cheiro que marca, mexe com os desejos, desperta vontades, “desorienta”.
São detalhes que talvez ninguém, exceto a mim, consiga observar e exatamente por isso não conseguiriam, mesmo que eu explicasse nos mínimos detalhes, compreender o que me atrai.

domingo, 14 de novembro de 2010

O que faz as pessoas gostarem do cigarro?

Ao contrário das bebidas alcoólicas, que têm (com a nova reforma ortográfica ficou a dúvida se este tem deve ou não ser acentuado) um sabor a ser apreciado, ninguém gosta do cigarro à primeira tragada. Não compreendo como as pessoas se forçam a gostar de algo assim.


Muitos dos que buscam o cigarro querem através dele conseguir serem aceitos em um grupo. Mas será que vale tal pena, ganhar prestígio e “amigos” dessa forma? Estranho é o fato de alguns tentarem parecer adultos e livres para realizarem suas escolhas e escolhem justamente se prenderem a algo, optam pela dependência.

O engraçado é a infantilidade na hora de escolher qual carteira de cigarros será comprada. “Ah... Não compra aquela do câncer não! Compra a do envelhecimento precoce, dos males o menor!”, ou então, “Me dá qualquer uma, exceto a da impotência sexual, porque eu não posso ‘pagar o mico de broxar’!” Só sendo para rir mesmo, esse tipo de atitude! Não é a advertência dos versos das carteiras que determina o efeito colateral gerado no fumante, com qualquer uma delas todos os efeitos podem ocorrer e isso vai depender da quantidade de cigarros consumidos, da genética, da sorte e de Deus.
Gente, cigarro mata! E foi-se o tempo que adjunto a ele vinham o status social e o ar de intelectualidade. Tudo bem, com as suas vidas vocês podem fazer o que bem quiserem, inclusive adiantar suas mortes. Porém é justo fazer isso com minha vida e a de muitos outros que correm os mesmos riscos a que vocês estão submetidos devido as suas fumaças?


Só pra descontrair:

Para de Fumar

(Aviões do Forró)

Quem fumar cigarro
tosse o tempo topo
vive com pigarro
feito galinha com gôgo
Não da pra beijar
nem falar de perto
boca de fumante
é um esgoto a céu aberto
seja vivo, olha o aviso
fique esperto
Solta o tabaco menino
Solta o tabaco menina
Para de fumar
pra beijar melhora o clima
Homem que fuma brocha
se livre meu irmão
mulher carente arrocha
depois do ricardão
Cigarro é prejuízo
pro bolso e na saúde
O câncer é um perigo
se ame, se cuide
Mulher eu vou dizer como é que é
Solta o tabaco menino
Solta o tabaco menina
Para de fumar
pra beijar melhora o clima
Solta o tabaco, solta o tabaco, solta o tabaco
Solta o tabaco, solta o tabaco, solta o tabaco
pare de fumar.




terça-feira, 10 de agosto de 2010

"Se arrependimento matasse..."




Uma amiga pediu-me para escrever algo sobre arrependimento, o erro dela foi não ter restringido meu pensamento. Disse-me que falasse sobre qualquer tipo de arrependimento, desde então tantas foram as ideias em minha mente que foi difícil prender algumas ao papel.
Dentre todos os tipos de arrependimento existentes, há apenas duas teorias nas quais todos buscam se encaixar e elas são bem paradoxas. Uma delas diz que devemos nos arrepender daquilo que não fizemos a outra explana que devemos nos arrepender daquilo que fizemos.
Quem segue o lema de arrepender-se por não ter feito transparece-me sentir pesar por não ter realizado, tentado, aproveitado, criado, sentido, vivido até a última gota de cada vão momento. Para elas é como se tivessem deixado a vida passar e com ela a oportunidade de preencher páginas que hoje se encontram em branco.
Por outro lado, as pessoas que seguem a vertente de arrepender-se pelo que fazem gabam-se por falar: “ao menos eu tentei”. Mas essas também sofrem com o fato de sentirem dor pela dor causada, amarguram-se profundamente por alguma atitude impensada ou inevitavelmente tomada.
Esse sentimento gera uma modificação em nosso modo de pensar e de nos portar diante dos fatos ocorridos em nossas vidas, o que nos reafirma ser-mos seres em constante modificação, evolução e aprendizado. Arrependa-mo-nos independente do quê, pois segundo a Igreja esse é um dos caminhos ao perdão celestial e à graça divina.




EPITÁFIO


Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Saudade...

Por muitos a saudade é vista como um sentimento ruim, que nos traz muita dor e principalmente muitas lágrimas, algo difícil e muitas vezes insuportável de ser sentido. Penso que seja essa a visão das pessoas que sofrem com grandes perdas como a partida de um ente querido desta vida, pois para estes a saudade é quem vai preencher o vazio deixado por alguém que não mais pode fazer com que sua presença física seja sentida.

Apesar de toda a carga negativa trazida por essa forte palavra, sempre prefiro olhar seu lado positivo, afinal, como tudo na vida, ela também tem dois lados. Pensem comigo: Sentimos saudade de fatos ruins que vivemos?! Bem, eu acho que não! Só sentimos saudades de momentos inesquecivelmente felizes, por mais simples que esses tenham sido. Pois é, então ela nos dá certeza de que em algum momento de nossas vidas fomos e nos fizeram felizes, ponto para ela por trazer a nossa memória coisas boas!

Se pararmos para analisar bem essa tal de saudade, perceberemos que esta pode ajudar bastante mostrando não só a nós, mas aos outros o quanto alguém nos é bem quisto. Ou você sente saudade de alguém que odeia por ter lhe feito um grande mal?! Eu mesma sinto-me linsonjeada quando alguém diz sentir saudades de mim, pois significa que minha passagem por sua vida não foi algo em vão e sim algo que marcou e se deseja ser revivido.

Esse sentimento também nos impulsiona a apressar o passo, acelerar o carro, fazer uma ligação, mandar um recado, a procurar alguém. Ele nos faz querer fazer o tempo correr para que tão logo chegue o momento em que se possa sentir a presença de quem se sente falta.

Dentre as tantas interpretações e significados que possa nos oferecer esse verbete, para mim, a saudade é a forma mais feliz e amena encontrada por nossos corações para tornar suportável as grandes dores como a ausência, a perda e a falta.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Uma arte em função da Moda?

Sou uma verdadeira apaixonada por música e para mim não há o melhor estilo musical e muito menos a melhor banda, cantor ou autor.

Falando em autor, admiro a sensibilidade que eles têm de expressar em versos as mais variadas sensações, vivências e imaginações. Encanto-me com a maneira que alguns falam de sentimentos como o amor e amizade de uma forma que leva os ouvintes de suas músicas a terem suas próprias interpretações, o que torna as letras únicas para cada um.

Quando comecei esse texto minha intenção era falar que as músicas de antigamente eram mais românticas que as atuais, só que ao escrever percebi que não é bem isso o que acontece. O que de fato se passa é que em tempos como o de minha avó ou mesmo de minha mãe as músicas românticas eram mais valorizadas, pois o sentimento prevalecia. Então para os autores era muito mais fácil de falar de algo que estava constantemente presente.

Em minha geração sinto que letras românticas estão sendo substituídas por letras chulas, compostas apenas por um refrão e fáceis e de impregnar em nossas mentes. Isso pode até ser produto da mídia, do mundo capitalista, da falta de amor, mas dentre vários fatores isso se deve a nós que vivemos relacionamentos baseados em coisas materiais... onde antes anéis que representavam noivados e casamentos hoje representam rolos e namoros. Hoje se uma pessoa manda flores ou gosta de músicas que falem de sentimentos é logo taxada de emotiva e passa a ser um pouco excluída devido à vergonha que é sentida pelos outros em termos de sentir e expressar.

Atualmente existem sim músicas tão românticas quanto às de antes de nós nascermos e caso não concordem com isso que revejam seu cotidiano e principalmente apuremos nossos ouvidos, assim teremos também um pouco mais romance musical.